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IMPACTO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO COTIDIANO E CUIDADOS COM SEU USO

Atualizado: 2 de abr.

IMPACT OF ARTIFICIAL INTELLIGENCE ON DAILY LIFE AND CARE WITH ITS USE





Informações Básicas

  • Revista Qualyacademics v.3, n.1

  • ISSN: 2965976-0

  • Tipo de Licença: Creative Commons, com atribuição e direitos não comerciais (BY, NC).

  • Recebido em: 04/03/2025

  • Aceito em: 05/03/2025

  • Revisado em: 16/03/2025

  • Processado em: 19/03/2025

  • Publicado em: 31/03/2025

  • Categoria: Estudo de Revisão



Como citar esse material:


DELFINO, Leonardo Cirino. Impacto da inteligência artificial no cotidiano e cuidados com seu uso. Revista QUALYACADEMICS. Editora UNISV; v.3, n.1, 2025; p. 198-210. ISSN 2965976-0 | D.O.I.: doi.org/10.59283/unisv.v3n1.012



Autor:



Leonardo Cirino Delfino

ORCID: 496.802.378-26 - Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela Toledo Prudente Centro Universitário. – Contato: leonardocirino@live.com





RESUMO


A inteligência artificial (IA) vem crescendo muito nos últimos anos. Sua evolução afetou não apenas os usos do dia a dia, mas também ganhou espaço nas áreas educacionais e científicas, como medicina. Este artigo discute os benefícios, desafios, cuidados e regulamentações quanto ao uso da IA abordando sua aplicação na automação de tarefas, análise de grandes volumes de dados e suporte à tomada de decisão, além dos cuidados e riscos, como a perda de empregos e a dependência da ferramenta. O objetivo é fornecer uma visão sobre os impactos positivos e negativos da IA permitindo uma melhor compreensão de seu uso responsável.

 

Palavras-chave: Inteligência Artificial; Automação; Educação; Pesquisa.

 

ABSTRACT

 

Artificial intelligence (AI) has been growing rapidly in recent years. Its evolution has affected not only everyday uses but has also gained ground in educational and scientific fields, such as medicine. This article discusses the benefits, challenges, precautions and regulations regarding the use of AI, addressing its application in task automation, analysis of large volumes of data and support for decision-making, as well as precautions and risks, such as job losses and dependence on the tool. The goal is to provide insight into the positive and negative impacts of AI, allowing for a better understanding of its responsible use.

 

Keywords: Artificial Intelligence; Automation; Education; Research.



1. INTRODUÇÃO

           

A Inteligência Artificial evoluiu rapidamente nos últimos anos e tem se tornado uma das tecnologias mais utilizadas atualmente, forçando adaptações em diversas áreas da sociedade, como educação e pesquisas, bem como em campos científicos, como na área de medicina. Essa ferramenta possui a capacidade de processar grandes quantidades de dados e, com isso, consegue raciocinar e até mesmo tomar decisões. Desde assistentes virtuais até aplicações autônomas em diagnósticos médicos, a IA está revolucionando a forma como interagimos com outras tecnologias, pessoas e ambientes, além de impactar diretamente a condução de pesquisas científicas.


O impacto da Inteligência Artificial pode ser observado em diversas áreas. Na medicina, por exemplo, algoritmos de aprendizado de máquina estão sendo utilizados para auxiliar no diagnóstico ágil de doenças, sugerir tratamentos para determinados problemas de saúde e até mesmo monitorar pacientes remotamente e em tempo real. Já na astronomia, a IA tem sido aplicada para agilizar cálculos que, manualmente, levariam dias ou semanas para serem concluídos. Essa tecnologia tem ajudado a ciência astronômica a obter resultados mais rapidamente, permitindo avanços mais eficazes nos estudos.


Entretanto, apesar dos benefícios supracitados no uso da Inteligência Artificial, a ferramenta também levanta questões importantes relacionadas à ética e à dependência tecnológica. O uso inconsciente dessa tecnologia pode gerar dificuldades para a sociedade, como a perda de empregos, visto que menos funcionários podem ser necessários para determinadas tarefas que a IA é capaz de realizar. Além disso, o uso inadequado de dados sensíveis também é uma preocupação. Dessa forma, é essencial compreender tanto os aspectos positivos quanto os riscos associados ao uso da IA, a fim de garantir uma utilização mais responsável e benéfica para a sociedade.


Este artigo tem como objetivo abordar os impactos da Inteligência Artificial em diferentes áreas, destacando seus benefícios e desafios. Ao longo do texto, serão discutidas as diversas formas de uso da IA incluindo sua aplicabilidade na automação de tarefas, na educação, nas pesquisas científicas e no cotidiano. Além disso, serão analisadas as implicações sociais e éticas que surgem com o avanço dessa tecnologia além de possíveis regulamentações para prevenir danos a sociedade.


 

2. O QUE SÃO AS INTELIGÊNCIAS ARTIFICAIS E SUAS ORIGENS

 

A Inteligência Artificial (IA) consiste em sistemas treinados capazes de raciocinar, calcular, tomar decisões, realizar levantamentos de informações e até aprender. Esses sistemas utilizam algoritmos e um volume gigantesco de dados para reconhecer padrões e processar informações em poucos milésimos de segundo. Algumas IA foram treinadas com mais de 1,5 bilhão de parâmetros para obter um raciocínio mais sólido e assertivo em diversas áreas do conhecimento.


Apesar de a IA ter se popularizado durante a pandemia da COVID-19, os primeiros usos dessa tecnologia pela humanidade surgiram no século XX, durante o desenvolvimento dos primeiros computadores. As primeiras máquinas foram desenvolvidas para fins militares; no entanto, a partir delas, surgiu a ideia de utilizá-las para realizar tarefas que antes só poderiam ser feitas por seres humanos (SHIMABUKURO e LIMA, 2024).


Cronologicamente, a origem do termo "inteligência artificial" ocorreu entre 1943 e 1956. Inicialmente, um psicólogo chamado Walter Pitts e um especialista em tecnologia esboçaram alguns conceitos matemáticos para demonstrar o funcionamento do cérebro humano, utilizando redes neurais como base para suas demonstrações.


Em seguida, um artigo intitulado Computing Machinery and Intelligence foi publicado por Alan Turing, matemático e criptógrafo inglês. Ele contribuiu para a criação dos primeiros computadores, além de ter sido o responsável por decifrar as comunicações nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.


O artigo de Turing, publicado em 1950 na revista de filosofia Mind, demonstrava como uma máquina poderia exercer algumas atividades humanas. Em seu trabalho, ele apresentou o "Jogo da Imitação", que necessitava de três participantes. O primeiro era um interrogador, responsável por fazer perguntas aos outros dois participantes a fim de descobrir suas verdadeiras identidades. O segundo participante era um ser humano, e o terceiro, uma máquina. Toda a comunicação ocorria por meio de mensagens de texto digitais, e a máquina tinha a capacidade de responder a qualquer pergunta, abrangendo diversas áreas do conhecimento, além de conseguir mentir para não ser identificada pelo interrogador. Após seus feitos, Alan Turing foi considerado o pai da computação.


 

3. EVOLUÇÃO DA IA

            

Após os períodos iniciais da Inteligência Artificial, a ferramenta começou a ganhar maior proporção no início do século XXI. Diversas empresas passaram a adotar a IA em seus programas e dispositivos, porém seu desenvolvimento era mais complexo e seu uso era mais simplificado.


Entre os anos 2000 e 2009, a IA ainda não era generativa, portanto, seu uso nessa época exigia um alto nível de programação e algoritmos. A inteligência da ferramenta dependia diretamente de como ela era programada pelo desenvolvedor. Diversos jogos, sites e programas passaram a utilizar esses algoritmos com a finalidade de automatizar determinadas tarefas ou criar "vida" para personagens fictícios, como nos jogos eletrônicos. O uso de IA nesse período vigorava em ambientes controlados e restritos, sendo desenvolvida internamente pelas próprias empresas ou alugada de empresas parceiras.

           

Ainda nos anos 2000, com as melhorias computacionais e avanços nas pesquisas, foi possível evoluir a IA para um novo estágio chamado Deep Learning (Aprendizado Profundo). O Deep Learning pode ser definido como um método de aprendizado que não necessita de supervisão externa. A Inteligência Artificial consegue, de forma autônoma, interpretar dados brutos e extrair informações, reconhecer padrões e reestruturar sua própria memória, permitindo que suas ações sejam realizadas de maneira mais precisa e assertiva.

           

Após anos de avanços na metodologia do Deep Learning, foi possível alcançar o que hoje chamamos de Inteligência Artificial generativa. A IA generativa utiliza o método de aprendizado profundo para compreender, estruturar e reconhecer padrões de dados, gerando informações conforme o desejo e a necessidade do usuário. Algumas ferramentas foram lançadas publicamente, mas o maior fenômeno dessa tecnologia ocorreu com o lançamento do ChatGPT, desenvolvido pela OpenAI. Sua popularização tomou proporções gigantescas e, nos primeiros cinco dias após o lançamento, a plataforma já contabilizava mais de 1 milhão de usuários ativos.

           

A versão inicial permitia apenas a conversação, possibilitando que o usuário interagisse com a máquina por meio de mensagens de texto. Com o tempo, as ferramentas de IA foram sendo atualizadas e aprimoradas, resultando em diversas outras possibilidades de uso. Atualmente, as IA têm a capacidade de gerar imagens originais, pesquisar conteúdo na internet, copiar vozes humanas e reproduzi-las em frases, entre muitas outras funcionalidades.


 

4. I.A NA MEDICINA

 

As primeiras menções ao uso da Inteligência Artificial (IA) na área da medicina ocorreram por volta da década de 1940, quando Warren McCulloch publicou um estudo sobre uma máquina capaz de imitar o sistema nervoso humano. No entanto, pode-se dizer que o primeiro uso prático da tecnologia na medicina ocorreu no século XXI, quando a IBM desenvolveu o supercomputador Watson, capaz de armazenar e comparar dados médicos. Da mesma forma, o Google criou o DeepMind, um sistema capaz de aprender sobre sintomas e doenças. Em 2021, foram investidos aproximadamente 11 bilhões de dólares no desenvolvimento de tecnologias de IA aplicadas à saúde.

           

De acordo com a Associação Brasileira de Startups de Saúde (ABSS), até o final de 2023, cerca de 62,5% dos hospitais privados no Brasil já utilizavam IA em suas operações (MORSCH, 2024).


Um dos avanços mais promissores da IA na medicina está relacionado ao diagnóstico de doenças neurológicas a partir da análise da fala dos pacientes. Para que um pensamento seja convertido em fala, diversos órgãos precisam trabalhar em conjunto, como os pulmões (coordenando a respiração), a boca, a língua e o cérebro. Quando uma doença neurológica se manifesta, essa cadeia de ações pode ser comprometida, afetando a forma como a fala é articulada.


Embora o diagnóstico precoce de doenças neurológicas seja possível, identificar alterações sutis na fala e na voz pode ser um desafio para os seres humanos. Nesse contexto, a IA tem demonstrado grande potencial para auxiliar nesse processo. Pesquisas recentes utilizaram centenas de gravações de pacientes para treinar algoritmos de aprendizado de máquina, permitindo que a IA diferenciasse padrões sutis de alterações na fala ao longo da evolução das doenças. Essas gravações foram coletadas por meio de aplicativos de celular e armazenadas em bancos de dados, sendo utilizadas para aprimorar a capacidade da IA de identificar e diagnosticar doenças neurológicas (BOTHA, 2025, apud SANTOS, 2025).


Além dos avanços no diagnóstico de doenças cerebrais, a IA também tem desempenhado um papel fundamental na realização de cirurgias minimamente invasivas, como procedimentos na coluna. Essas tecnologias permitem reduzir a dor pós-operatória e melhorar a precisão dos procedimentos cirúrgicos. A IA auxilia a equipe médica a planejar previamente cada etapa da cirurgia, garantindo que todos os instrumentos necessários estejam disponíveis e que o procedimento ocorra com maior segurança.


Acredita-se que o uso da IA na medicina está tornando as cirurgias mais seguras e eficazes, contribuindo significativamente para a evolução das práticas cirúrgicas (ANDRÉA, 2025).


 

5. IA EM AUTOMÓVEIS

           

Atualmente, diversos veículos são equipados com tecnologias avançadas, como painéis de navegação, rastreamento por GPS e conectividade via Bluetooth. No entanto, com os avanços das pesquisas em inteligência artificial (IA), a inovação nos meios de transporte atingiu um novo patamar. Na época atual, existem veículos equipados com IA que revolucionaram a mobilidade em diversas regiões do mundo. Muitos desses veículos são autônomos, ou seja, conseguem transitar pelas ruas sem a necessidade de interferência humana.


A Tesla, fabricante norte-americana de veículos elétricos, já utiliza essa tecnologia em seus modelos. O Tesla Model 3, por exemplo, é capaz de se locomover pelas cidades de forma autônoma, realizando ações como aceleração, frenagem, estacionamento e troca de faixas. A IA nesses veículos tem o objetivo de auxiliar na tomada de decisões seguras, tanto para os passageiros quanto para os pedestres e demais veículos, mantendo uma direção defensiva e aumentando a previsibilidade do tráfego.


Outra grande fabricante que aposta na integração da IA em seus veículos é a Ford. Em parceria com a Bosch, multinacional alemã de engenharia e tecnologia, a Ford está desenvolvendo um sistema de IA capaz de estacionar e manobrar veículos de forma autônoma.


A proposta é que, ao chegar ao destino, o passageiro possa simplesmente desembarcar do carro, enquanto o veículo procura e ocupa uma vaga de estacionamento automaticamente (LOUREIRO, 2020).


Além dos veículos autônomos, a IA também está sendo aplicada em serviços de entrega (delivery). Nos Estados Unidos, empresas como Walmart e Amazon já utilizam drones equipados com inteligência artificial para realizar entregas, reduzindo custos logísticos e agilizando a chegada dos produtos aos clientes. Esses drones são capazes de avaliar o local mais seguro para deixar o pacote, como em frente à porta da residência ou à garagem.


Uma pesquisa realizada pelo Urban Freight Lab, centro de estudos da Universidade de Washington especializado em logística urbana, concluiu que 28% do tempo dos motoristas de entrega é gasto apenas procurando uma vaga para estacionar. A adoção de drones e veículos autônomos promete otimizar esse processo, tornando as entregas mais rápidas e eficientes.

 


6. MODELO CONVERSACIONAL

           

Atualmente, existem diversos modelos de assistentes virtuais que auxiliam nas tarefas do dia a dia, além de poderem ser utilizados simplesmente para conversação. Assistentes como Alexa, Siri e Google Assistant estão cada vez mais sofisticados, permitindo a realização de diversas ações apenas por comandos de voz. Com esses dispositivos, é possível procurar receitas, obter a previsão do tempo, reproduzir músicas, enviar mensagens de texto ou áudio e até mesmo realizar ligações.

           

A Alexa, assistente virtual da Amazon, destaca-se por sua capacidade de integrar e controlar diversos dispositivos domésticos inteligentes apenas por comandos de voz. Com ela, é possível transformar uma casa comum em um ambiente inteligente, controlando a iluminação, ajustando a temperatura de aparelhos de ar-condicionado, ligando televisores e controlando diversos outros aparelhos de entretenimento.


 

7. SEGURANÇA E PRIVACIDADE          

 

Com os avanços nas pesquisas sobre tecnologias de Inteligência Artificial, surgem preocupações em relação à segurança dessa tecnologia. Em 2023, a OpenAI, desenvolvedora da inteligência artificial generativa ChatGPT, realizou um experimento para testar sua criação. O teste consistia em fazer com que a IA solicitasse a ajuda de um humano para resolver um CAPTCHA (um teste com imagens utilizado para diferenciar humanos de robôs em sites).


Ao receber o pedido de ajuda, o humano questionou se o ChatGPT era um robô, já que não conseguia resolver uma tarefa aparentemente simples. Para concluir a missão proposta por seus desenvolvedores, a IA mentiu, afirmando que tinha uma deficiência visual que a impedia de enxergar as imagens corretamente. A empresa Open AI divulgou em seus relatórios suas preocupações éticas em relação a inteligência artificial, relatando que com o tempo esta tecnologia poderia se tornar autoritária.


Alguns riscos no uso da Inteligência Artificial foram expostos por pesquisadores e estudantes da área. Dentre eles, destacam-se possíveis falhas que podem ocorrer, visto que as IAs também são um tipo de sistema e, como tal, estão sujeitas a erros. Portanto, soluções eficazes para a resolução desses problemas devem ser aplicadas a essas tecnologias.


Uma grande porcentagem das inteligências artificiais está disponível publicamente. Como resultado, esses sistemas processam uma quantidade gigantesca de dados que transitam pela rede. Assim como qualquer outro sistema, essas informações devem ser armazenadas e protegidas rigorosamente, pois dados sensíveis de pessoas ao redor do mundo estão sendo compartilhados rapidamente com a introdução dessas tecnologias.


Ainda há muitas discussões sobre até que ponto as IAs continuarão sob o controle humano. Com o tempo, os sistemas inteligentes absorvem milhares de informações, que podem ser utilizadas para aprendizado próprio, conforme mencionado anteriormente sobre o deep learning. Por esse motivo, debates sobre uma possível revolução das máquinas são realizados constantemente em todo o mundo. Como a tendência é que a IA se torne cada vez mais autônoma, pesquisadores alertam que, sem os devidos cuidados, essas tecnologias poderiam, por vontade própria, deixar de seguir ordens humanas e passar a agir conforme seus próprios interesses.


 

8. REGULAMENTAÇÕES 

           

As ferramentas de inteligência artificial, apesar de existirem desde o século XX, têm seu uso frequente muito recente no cotidiano. Muito se questiona sobre as regulamentações da I.A. e como aplicá-las. O processo de regulamentação é lento e, caso haja uma decisão equivocada, poderá atrasar ou prejudicar a evolução dessa tecnologia. No entanto, faz-se necessário para garantir uma melhor qualidade no uso, bem como uma utilização consciente da população em relação a essas ferramentas.


A sugestão para solucionar estas adversidades seria regulamentar as aplicações da I.A. e não sua pesquisa e desenvolvimento. Além disso, a regulamentação também pode seguir alguns preceitos, sendo alguns deles: não utilizar a I.A. em armamentos, garantir que a responsabilidade pelos danos causados pela I.A. recaia sobre a pessoa que a utilizou e não sobre a ferramenta, assegurar que aplicações conversacionais deixem claro que a interação não está sendo conduzida por um humano, proibir a divulgação de conteúdos por inteligências artificiais sem a aprovação da fonte e impedir que a ferramenta reforce qualquer tipo de preconceito (ETZIONI, 2018).

 

9. CONCLUSÃO

           

A inteligência artificial tornou-se altamente significativa nos últimos anos, exercendo um impacto gigantesco na sociedade e na forma como vivemos nosso cotidiano. No entanto, é importante lembrar que essa tecnologia vem sendo pesquisada e implementada há décadas, permitindo a expansão de diversas áreas do conhecimento e contribuindo para o desenvolvimento humano.


Desde os testes de Turing, passando pelos avanços rudimentares até a evolução do deep learning, a IA tem conquistado cada vez mais espaço na sociedade. Na área da medicina, essa tecnologia não apenas auxilia nos processos médicos, mas também proporciona maior segurança aos pacientes em procedimentos cirúrgicos, tornando-os mais estruturados e previsíveis.


No setor automotivo, a inteligência artificial tem otimizado a logística, permitindo entregas mais rápidas e eficientes, além de proporcionar maior conforto ao cliente. Veículos inteligentes atuam com previsibilidade no trânsito, reduzindo o número de acidentes e aumentando o tempo de qualidade dos usuários. Empresas como a Ford, por exemplo, avançam em tecnologias que eliminam a necessidade de procurar vagas, deixando esta responsabilidade para o veículo, otimizando o uso do tempo humano.


Assistentes virtuais como Alexa, Siri e Google Assistant demonstraram como a interação entre humanos e máquinas pode ocorrer de maneira eficaz e benéfica. Esses assistentes aprimoraram a busca por informações, facilitaram a comunicação entre pessoas e ampliaram a interação com o ambiente, tornando diversas tarefas do dia a dia mais ágeis e eficientes.


Entretanto, apesar dos inúmeros benefícios proporcionados pela inteligência artificial, não podemos ignorar os riscos envolvidos. Como mencionado anteriormente, embora as pesquisas em IA avancem rapidamente, questões relacionadas à segurança e à privacidade devem ser tratadas com prioridade, garantindo que a interação com as máquinas seja segura e confortável para os seres humanos. Além disso, preocupações éticas, como o uso de dados sensíveis e autonomia da IA em relação aos humanos, continuam sendo pontos de debate. Vale lembrar que já houve casos em que sistemas de IA manipularam informações e mentiram para cumprir tarefas que lhes foram designadas, o que levanta questionamentos sobre seus limites éticos.


Em conclusão, considerando tanto os benefícios quanto os riscos apresentados, o futuro das ferramentas de inteligência artificial deve ser constantemente avaliado. Empresas desenvolvedoras dessas tecnologias precisam criar protocolos de segurança que protejam a ética humana e minimizem riscos. Além disso, planos de contenção devem ser elaborados para mitigar possíveis cenários de descontrole, uma vez que a IA tende a se tornar mais autônoma a longo prazo. O avanço dessa tecnologia deve ser conduzido com cautela, equilibrando seus benefícios e desafios para garantir um desenvolvimento responsável e seguro.         

 

9. REFERÊNCIAS


SHIMABUKURO, Igor e LIMA, Lucas. História da inteligência artificial: quem criou e como surgiu a tecnologia revolucionária; Tecnoblog, [s.d.]. Disponível em: https://tecnoblog.net/responde/historia-da-inteligencia-artificial-quem-criou-e-como-surgiu-a-tecnologia-revolucionaria/. Acesso em 18 de fevereiro de 2025.


IA identifica tratamento eficaz para doença de Castleman, E.M Foco, 16 de Fevereiro de 2025. Tecnologia. Disponível em: https://www.em.com.br/emfoco/2025/02/16/ia-identifica-tratamento-eficaz-para-doenca-de-castleman/. Acesso em: 17 de Fevereiro de 2025.


MORSCH, José Aldair. Inteligência artificial na medicina: 10 aplicações e benefícios, Telemedicina Morsch, [s.d.]. Disponível em: https://telemedicinamorsch.com.br/blog/inteligencia-artificial-na-medicina#. Acesso em: 17 de Fevereiro de 2025.


OXFORD. Oxford Academic, 2004. 11 Computing Machinery and Intelligence (1950). Disponível em: https://academic.oup.com/book/42030/chapter-abstract/355746326?redirectedFrom=fulltext. Acesso em: 18 de Fevereiro de 2025.


PEREIRA, Rui. 2010-2019: as duas faces da inteligência artificial. Como pode esta ajudar a humanidade? E os seus perigos?. Sapotek, 2020. Disponível em: https://tek.sapo.pt/noticias/computadores/artigos/2010-2019-as-duas-faces-da-inteligencia-artificial-como-pode-esta-ajudar-a-humanidade-e-os-seus-perigos. Acesso em: 19 de Fevereiro de 2025.


ASTH, Rafael. Inteligência Artificial (IA): o que é, seus tipos e como funciona. Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/inteligencia-artificial/. Acesso em: 23 Fevereiro de 2025.


A HISTÓRIA da Inteligência Artificial: Origens, Evolução e o Futuro da IA, Portal mkt digital, 2024. Disponível em: https://portalmktdigital.com.br/a-historia-da-inteligencia-artificial-veja/. Acesso em: 19 de Fevereiro de 2025.


HOLDSWORTH, Jim & SCAPICCHIO, Marcos. O que é Deep Learning. IBM, 2024. Disponível em: https://www.ibm.com/br-pt/topics/deep-learning. Acesso em: 19 de Fevereiro de 2025.


SERFATY, Fabiano. Inteligência Artificial na medicina: o novo marco para a saúde no Brasil. Veja Rio, Rio de Janeiro, 14 de Fevereiro de 2025. Disponível em: https://vejario.abril.com.br/coluna/fabiano-serfaty/inteligencia-artificial-na-medicina-o-novo-marco-para-a-saude-no-brasil/. Acesso em: 22 de Fevereiro de 2025.


SANTOS, Juliana. Inteligência artificial pode detectar doenças neurológicas pela voz. Saúde Business, 2025. Disponível em: https://www.saudebusiness.com/ti-e-inovao/inteligencia-artificial-pode-detectar-doencas-neurologicas-pela-voz/. Acesso em: 22 de Fevereiro de 2025.


ANDREA, Carla. Inteligência artificial revoluciona cirurgia de coluna, JD1 notícias, 2025. Disponível em: https://www.jd1noticias.com/saude-tv/jd1tv-inteligencia-artificial-revoluciona-cirurgia-de-coluna/149916/. Acesso em: 22 de Fevereiro de 2025.


FORD avança com IA para se adiantar às demandas dos consumidores, Convergencia Digital, 2022. Disponível em: https://convergenciadigital.com.br/inovacao/ford-avana-com-ia-para-se-adiantar-s-demandas-dos-consumidores/. Acesso em: 23 de Fevereiro de 2025.


GOMEZ, Vitoria Lopes. Delivery com IA? Inteligência artificial pode revolucionar entregas de mercadorias, Olhar Digital, 2024. Disponível em: https://olhardigital.com.br/2024/01/23/pro/delivery-com-ia-inteligencia-artificial-pode-revolucionar-entregas-de-mercadorias/. Acesso em: 25 de Fevereiro de 2025.


MARTINS, Flavia. Chat GPT-4: inteligência artificial mente para completar tarefa e gera preocupação, CNN Brasil, 2023. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/chat-gpt-4-inteligencia-artificial-mente-para-completar-tarefa-e-gera-preocupacao/. Acesso em: 25 de Fevereiro de 2025. 

 

ETZIONI, Oren. Point: Should AI Technology Be Regulated?: Yes, and Here's How, Communications of the ACM, 2018. Disponível em: https://cacm.acm.org/opinion/point-should-ai-technology-be-regulated/. Acesso em: 04 de Março de 2025.



 

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Esse artigo pode ser utilizado parcialmente em livros ou trabalhos acadêmicos, desde que citado a fonte e autor(es).




Como citar esse artigo:


DELFINO, Leonardo Cirino. Impacto da inteligência artificial no cotidiano e cuidados com seu uso. Revista QUALYACADEMICS. Editora UNISV; v.3, n.1, 2025; p. 198-210. ISSN 2965976-0 | D.O.I.: doi.org/10.59283/unisv.v3n1.012



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